O Rio Grande do Norte está em situação de epidemia de dengue. Em 2022, até a semana epidemiológica 01 a 18, terminada em 07 de maio, o estado já registrou 11.427 casos prováveis da doença. A incidência geral de casos está em 323,93 casos/100 mil habitantes.
Os números estão no Boletim Epidemiológico das Arboviroses, divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) nesta sexta-feira (13). Em relação às Regiões de Saúde, a maior incidência foi registrada na 1ª Região (489,2/100 mil hab.), seguida da 4º Região (435,77/100 mil hab.) e 7ª Região (435.06/100 mil hab.).
O crescimento da doença no estado pode ser constatado na comparação com 2021, quando foram registrados, até a semana 18, um total de 806 casos prováveis, passando para os 11.427 casos em 2022.
O número de casos das demais arboviroses está crescendo em todo o Rio Grande do Norte. Em 2022 já foram registrados 3.397 casos prováveis de chikungunya e 708 casos prováveis de zika vírus.
Ao constatar a emergência em saúde pública vivenciada com relação às arboviroses, inclusive já com um certo impacto na rede assistencial, a Sesap vem desenvolvendo uma série de ações para mitigar o número de casos e reduzir os danos causados. Assim, foram retomadas as discussões no Comitê Operacional de Emergências, no qual, além da Sesap, estão o Ministério Público Estadual, o Conselho Estadual de Saúde e o Conselho de Secretários Municipais de Saúde do RN.
Segundo a responsável técnica pelo Programa Estadual de Controle da Dengue, Silvia Dinara, “o trabalho que vem sendo feito com os carros de UBV é algo que deve ser colocado como última medida. Antes disso, todos devemos ser vigilantes para que consigamos combater o mosquito nos nossos quintais, residências, ruas e bairros. Convidamos, então, toda a população para fazer sua parte. Além disso, publicamos um plano de contingência para controle das arboviroses e estamos estimulando os municípios a elaborarem os seus planos de ações com base no estadual, para que todas essas ações sejam efetivadas de forma oportuna e obtenham sucesso. Tudo isso está sendo pensado de forma regionalizada e descentralizada, para que as ações impactem nos territórios”.
A Sesap reforça, junto à população, os cuidados necessários para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor das arboviroses, como manter os quintais livres de possíveis criadouros do mosquito; esfregar com bucha as vasilhas ou reservatórios de água de seus animais; não colocar lixo em terrenos baldios; manter caixas d´água sempre tampadas e cuidar de qualquer local que possa acumular água parada. Além dos cuidados, é importante receber a visita do agente de endemias e esclarecer possíveis dúvidas.
As arboviroses apresentam sinais e sintomas comuns entre si, como febre, dores nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos no caso da chikungunya e zika.
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