É cada vez mais crescente a reivindicação das mulheres por salários e
contratos de patrocínio mais igualitários em comparação com os homens.
Um exemplo foi o caso de Marta, que se recusou a assinar um contrato de patrocínio que era menos da metade do que ela tinha anteriormente.
Fazendo coro ao posicionamento da camisa 10 da Seleção, os jornalistas
Aydano André Motta, Marcelo Barreto e Martín Fernandez debateram sobre o
assunto no Redação SporTV. Para Aydano, é injusto que a jogadora eleita
melhor do mundo por seis vezes receba o mesmo que Neymar, mas também é
errado ela receber salário menor que Pará, lateral-direito do Flamengo.
- Não aceito discussão de que é um jogo deficiente. É um outro jogo,
outro tipo de jogo, igualmente interessante. Tem drama, angústia... Tudo
que tem no futebol masculino tem no feminino. É absolutamente igual ao
basquete, vôlei, handebol e qualquer esporte de ponta. Passou a
Olimpíada e o futebol feminino caiu num ostracismo. Não a TV, mas os
dirigentes e os responsáveis pelo esporte brasileiro não podem deixar
cair no ostracismo. A Marta ganhar igual ao Neymar não é justo. Mas
também não é justo a Marta ganhar igual ao Pará.
Apesar de ainda ser uma iniciativa recente, alguns caminhos têm se
mostrado como saída para incentivar o futebol feminino. É o caso da
Conmebol e CBF obrigarem os clubes que disputam suas principais
competições a terem times nas modalidades. Porém, para Martín Fernandez,
ainda não é o ideal.
- As entidades que mandam no futebol estão tentando. Mas para jogar
libertadores ano que vem tem que ter time feminino. As federações
permitem que seja parceria, o que eu acho que é um erro porque os clubes
não vão tratar da mesma forma.
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