Pesquisa
da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), divulgada hoje (16), revela
que 81% dos entrevistados se automedicam para tratar dor de cabeça.
Também é comum que as pessoas (50%) aceitem a indicação de remédios
feita por não profissionais. O auxílio de médicos para tratar o sintoma é
uma opção para 61% dos entrevistados. Foram respondidos, de forma
espontânea, 2.318 questionários online, distribuídos pelas
redes sociais. O estudo foi divulgado como parte das atividades do Dia
Nacional de Combate à Cefaleia, que ocorre em 19 de maio.
“O
número de pacientes que estão tomando medicação sem orientação foi um
dado que nos deixou alarmados”, afirmou o neurologista Marcelo
Ciciarelli, membro da ABN e coordenador da pesquisa. Ele destacou que a
automedicação pode, muitas vezes, aumentar a frequência da dor, bem como
a intensidade. O aconselhável, segundo o médico, é procurar um
profissional quando ocorrem mais de três crises por mês por mais de três
meses.
A
pesquisa identifica que 87% dos entrevistados sofrem de enxaqueca.
Ciciarelli explica que este é um tipo primário da cefaleia – nome
científico para a dor de cabeça – quando ela é a própria doença, e não o
sintoma de outra, como ocorre em uma gripe, por exemplo. Entre as
características clínicas da enxaqueca estão: dor em apenas um lado e de
forma latejante; com intensidade moderada a forte; com intolerância a
barulho e a luz; e associada a enjoo. Cerca de metade dos entrevistados
sofrem com doença de forma crônica, com ocorrência de dor por mais de 15
dias por mês.
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