O
primeiro vice-presidente da Câmara, deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG),
anunciou nesta quinta-feira (23) que rompeu com o governo do presidente
Michel Temer.
Coordenador
da bancada de Minas Gerais na Casa, ele tomou a decisão em reação à
indicação do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) para o Ministério da
Justiça, vaga que era cobiçada pela bancada mineira.
“Estou
rompendo com o governo. Pelo tamanho de Minas Gerais, teríamos que ser
acomodados dentro de um ministério. Desde que começou o Brasil, que
começou o império, Minas tem ministro”, disse Ramalho.
Por ocupar uma posição estratégica, o rompimento pode gerarr dificuldades para o presidente Michel Temer na Câmara.
Como o país está sem vice-presidente da República, toda vez que Temer
viajar ao exterior, o presidente da Câmara, Rodrigo (DEM-RJ), assumirá a
presidência do país e será substituído na Câmara por Ramalho. No
comando da Casa, competirá a ele definir a pauta de votações.
Ao
G1, Ramalho afirmou: “Eu pretendo reunir as pessoas que estão
insatisfeitas com o governo. Tem muita gente insatisfeita. Então, eles
vão ver o tamanho da insatisfação, que eles não sabem. Eles vão saber a
partir das votações agora.
O vice da Câmara aproveitou o rompimento para criticar a proposta de
Temer para a Previdência Social. “A primeira que eu sou contra é a
reforma da Previdência. Sou favorável à reforma da Previdência, mas da
forma como ela está, sou totalmente contra”, disse.
Questionado
sobre se estava exigindo cargo em troca de apoio no Congresso, Ramalho
disse que não. “Não estou trocando cargo, não. Não estou trocando nada.
Estou colocando é que a gente tem que ser mais escutado. A questão é
essa. Ninguém está trocando cargo, não”.
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